domingo, 9 de setembro de 2007

Nascente do rio Tietê e Barragem da Ponte Nova

· O rio Tietê nasce na cidade paulista de Salesópolis, a 96 quilômetros dentro do Estado de São Paulo, até se encontrar com o Rio Paraná, na divisa com Mato Grosso do Sul.

· Mau Começo: a sujeira começa a ser jogada 15 quilômetros depois da nascente, em Mogi das Cruzes.


Nascente do rio Tietê



Placa de indicação da nascente do Rio Tiete

Imagem da Barragem de Ponte Nova
A imagem ao lado mostra uma foto de satélite da área da nascente do Rio Tietê. Na imagem, o preto corresponde à presença de água e os tons avermelhados as áreas urbanas. O Rio Tietê nasce na Serra do Mar no Município de Salesópolis, no Bairro da Pedra Rajada, a 113 Km da Capital e 22 Km do Oceano Atlântico, atravessa a Mata Atlântica e todo Estado de São Paulo, recebe seus afluentes durante o percurso, desaguando no rio Paraná.
Através da Resolução n.º 6, de 21 de fevereiro de 1990 - processo de n.º 00448/1974 a Nascente do Rio Tietê foi tombada, pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado ) como bem cultural de interesse histórico e paisagístico, abrangendo uma área total de 48Km² . Após a desapropriação, a propriedade passou a pertencer ao Governo do Estado de São Paulo para implantação do Parque Estadual da "Nascente do Rio Tietê", inaugurado dia 22 de setembro 1996 - Dia do Tietê.
A administração do Parque está sob a responsabilidade do DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica (SP) . O Parque localiza-se em área de Mata Atlântica.
A vegetação, classificada como Floresta Ombrófila Densa, é constituída por árvores que ultrapassam, 25 metros, além de arbustos e plantas ornamentais. O visitante poderá observar o cedro, a guaça-tonga, a canela-amarela, além de orquídeas, como a chuva de ouro. A fauna inclui a jaguatirica, o cachorro-do-mato e aves como pitiguari, juruviara e saí-azul. Dentre os peixes presentes nas proximidades das nascentes, podem ser citados os lambaris, guarús e cascudos.
Atravessando o Parque Estadual da Serra do Mar, antigo caminho dos tropeiros, descortina-se uma das mais belas paisagens deste país: grande parte da diversidade de plantas e animais existentes em toda Mata Atlântica espraiam-se por estas serras em meios de águas cristalinas que deságuam no Atlântico.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Carta (correspondência)

Carta





Nos primórdios da entrega,as cartas circulavam por todo o país com portes assinalados com carimbos ou a mão,o qual era pago pelos destinatários em função do peso e da distância e isso só se alterou com a criação dos selos quando se passou a, previamente, o remetente colocar na sobrecarta (envelope) a quantidade de selos correspondente ao porte (valor da tarifa de serviço), garantido assim a entrega da carta ou a sua restituição no caso de não ser encontrado o destinatário.
OBS:Desde os primórdios da humanidade a informação textual se realizava por meio de cartas.


Tipos de Carta



. Inicialmente, é preciso destacar dois tipos básicos de carta. O primeiro é as correspondências oficiais e comerciais, que nos é enviada pelos poderes políticos ou por empresas privadas.
Outro tipo de correspondência é a carta pessoal, que utilizamos para estabelecer contato com amigos, parentes, namorado (a). Nesse caso o remetente é a própria pessoa que assina a correspondência.







carta oficial


_____________________________________________________________carta pessoal



Selos


O primeiro selo foi criado na Inglaterra, no ano de 1839, aparecendo neste país o primeiro selo, que passou a ser conhecido como penny black, apresentando a esfinge da rainha Vitória partir de 1840.
No Brasil, o primeiro selo postal surgiu em 1843, o famoso Olho de Boi.

sábado, 2 de junho de 2007

Quatro frutos da região Norte e Nordeste

Graviola
Os frutos têm forma ovulada, casca verde-pálida, são grandes, chegando a pesar entre 750 gramas a 8 quilos e dando o ano todo. Contém muitas sementes, pretas, envolvidas por uma polpa branca, de sabor agridoce, muito delicado.Pode ser consumida “in natura” ou sob a forma de sorvetes, cremes, coquetéis, etc. As folhas são utilizadas sob a forma de chás e infusões para combater diabetes.Encontrada na região Nordeste e Norte.


Araticum

O araticum apresenta teores de vitaminas do complexo B, tais como as vitaminas B1, B2 e PP.
A polpa do araticum, serve para fazer receitas de batida, bolachas, bolos, bombom, doces, compota, cremes, gelatina, geléias, iogurte, pudim, sorvetes, sucos, geléia caseira e etc. Na medicina popular, as infusões das folhas e das sementes pulverizadas servem para combater a diarréia e a induzir a menstruação.Ele é parecido com uma pinha, porém de casca mais dura.Se encontra na região Norte e Nordeste.


Umbu

O Umbu é uma drupa, com diâmetro médio 3,0 cm, peso entre 10-20 gramas com forma arredondada a ovulada.A polpa serve para fazer suco integral, casca para obtenção de pasta, e a casca desidratada ( ao sol ou forno) é moída para preparo de refrescos, xarope.O umbu é rico em sais minerais e vitaminas.Encontrado na região Nordeste.


Açaí

O principal alimento extraído do açaí é o vinho, um suco feito da polpa e da casca de seus frutos.O açaí produz um saboroso palmito que vem sendo industrializado nos últimos anos.Há duas variedades de açaí: o roxo e o branco.O roxo tem polpa cor de vinho, e serve para fazer o vinho.Do açaí branco faz se um suco creme-claro.Fruto encontrado na região Norte.


OBS:Os frutos apresentados tem nessas regiões, mas eu não sei se são só essas regiões.

Datas de algumas invenções de antigamente

Maria-Fumaça
Em 1814, na Inglaterra, o inglês George Stephenson apresentou a primeira locomotiva, com oito vagões com 30 toneladas, dando início à era das ferrovias.



Telefone
2 de julho de 1875


Bonde elétrico

final do século XIX

Carro
Foi em novembro de 1891 que o primeiro carro motorizado chegou no Brasil

Avião
Na verdade quem fez o avião foi Leonardo da Vinci, no século XV.



Radio

26 de dezembro de 1898




Ônibus

segundo semestre de 1958


helicóptero
A primeira idéia pouco prática de um helicóptero foi concebida primeiro por Leonardo da Vinci no século XV, mas esquecida até a invenção do avião no século XX.

Câmera francesa Parvo
anos 20

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Estado de São Paulo

Introdução
Localizado na região sudeste do Brasil, o Estado de São Paulo é o mais industrializado e urbanizado do país. Possui hoje índices de desenvolvimento urbano e industrial que o situam entre os países desenvolvidos da Europa Ocidental, tais como: Espanha, Itália, Inglaterra, França e Alemanha. ntretanto, ao contrário destes países, não dispõe ainda de informações ambientais integradas e sistematizadas e de meios operacionais que o habilite a enfrentar os gravíssimos problemas de degradação ambiental decorrentes da expansão demográfica e urbana não planejada.

São Paulo possui, atualmente, uma população 35 milhões de habitantes, aproximadamente 22% da população brasileira, uma densidade demográfica de 135 habitantes por km2, quatro grandes áreas metropolitanas, e a mais complexa rede urbana da América Latina, o estado poderá atingir 50 a 60 milhões de habitantes no ano de 2010. Num raio de 150 km do centro da cidade de São Paulo, a densidade demográfica supera 500 habitantes por km2, muito superior a países como Alemanha, Japão, Inglaterra e Itáliai (Governo do Estado de São Paulo, 2000).

Essa grande densidade demográfica, aliada à expansão não planejada das áreas urbanas gera problemas como falta de água potável disponível, não capacidade de tratamento de todo o esgoto doméstico e ocupação de áreas de conservação e de mananciais, por exemplo.

Aspectos Gerais
(Político-Administrativos, Sócio-Econômicos e de Infra-Estrutura)
Atualmente, o Estado de São Paulo possuí 645 municípios, dividos em 14 Regiões Administrativas, além da Região Metropolitana de São Paulo, que divide-se em 42 Regiões de Governo (IBGE, 2000).

O estado possui o melhor sistema de transportes do país, com interligações entre rodovias, ferrovias, aeroportos e hidrovia, que conectam a grande maioria dos seus municípios.
Contudo, o perfil dos transportes no Estado de São Paulo ainda é marcado pelo domínio do transporte rodoviário, não apenas na movimentação de longo curso de cargas e passageiros, mas também no transporte de passageiros no âmbito urbano e metropolitano. São Paulo possui 200 mil quilômetros de rodovias e 2.700 km de auto-estradas que ligam todos os seus municípios em conexões para os estados vizinhos e saídas para os países do Mercosul.

Alguns dos principais conglomerados do mundo encontram-se instalados em São Paulo. Responsável por 40,62% de todo o PIB brasileiro, das 30 maiores empresas brasileiras, 17 estão no Estado de São Paulo (Governo do Estado de São Paulo, 2000).

O estado também detém cerca de 42% de participação total nas exportações brasileiras, participando de 11% das exportações de produtos básicos e de 42% de produtos industrializados no Brasil. Aproximadamente 92% das exportações paulistas referem-se a produtos industrializados (Governo do Estado de São Paulo, 2000).

São Paulo possui bons indicadores sociais, com:
· baixos índices de mortalidade infantil, que tem tido pouca variação nos últimos anos,
· bons índices de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário (83% de todo o Estado) e de abastecimento de água (98%),
· baixas taxas de analfabetismo da população com mais de 15 anos, avaliada em 7,4%, em 1996 e com tendência de queda crescente.
Atualmente o estado detém 540.000 estudantes de ensino superior, 226 mil estudantes de ensino técnico, além de 6.575 escolas estaduais e 2.210 escolas rurais com 9,7 milhões de estudantes de ensino básico (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, 2000).

Em relação à geração de energia, o estado consome 32,4% e gera 22% da energia elétrica total produzida no país.

Dados do último Censo Agropecuário 1995-96, mostram que atualmente há uma queda significativa no número e na área total de estabelecimentos rurais do estado, assim como enorme queda no contingente de pessoal ocupado na agropecuária paulista. Isto reflete o extravasamento do desenvolvimento urbano e industrial da Grande São Paulo para outras regiões do estado e tem como graves conseqüências o alto índice de desemprego e a grande desigualdade social dos centros urbanos (IBGE, 2000).

Aspectos Físicos
(Clima, Solo e Relevo)
A maior parte do Estado de São Paulo está localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná, possuindo Clima Tropical com chuvas variadas, inverno seco e verão quente. A temperatura média entre 16 e 18 graus e pluviosidade anual média entre 1.000 e 1.400 mmi (INPE, 2000).

O relevo do estado de São Paulo é subdividido nas seguintes unidades geomorfológicas (Instituto Geológico, 2000):
· Província Costeira: inclui as baixadas litorâneas, as serras da costa (Serra do Mar, de Paranapiacaba e de Itatins) e os morros da costa e do Vale do Ribeira;
· Planalto Atlântico: abrange a faixa de rochas cristalinas que vai da região sul do Estado (Guapiara) até a região nordeste, na divisa com o Estado de Minas Gerais (Campos do Jordão);
· Depressão Periférica:compreende a região que se estende desde o Planalto Atlântico para o oeste paulista, pelos vales do Médio Tietê, Paranapanema e Mogi-Guaçu;
· Cuestas Basálticas:formadas pelos remanescentes erosivos das camadas de rochas vulcânicas basálticas da Bacia do Paraná, na faixa que vai desde Ituverava e Franca a nordeste, até Botucatu e Avaré a sudoeste;
· Planalto Ocidental:inclui os planaltos das regiões de Marília, Catanduva e Monte Alto.
Veja também:
· Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
· Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo

Aspectos Biológicos
(Fauna e Flora)
O Estado de São Paulo é formado, basicamente, pelos Biomas Mata Atlântica e Cerrado. A importância desses ecossistemas foi, recentemente, reconhecida com a inclusão de ambos na lista de hotspots (regiões biologicamente mais ricas e ameaçadas do planeta) organizada pela Conservation International.

Segundo o Inventário Florestal do Estado de São Paulo de 1993, o estado possui cerca de 33 307 744 ha de "Mata Natural", ou seja, 13,4% de seu território. Destes, aproximadamente 85% são classificados como "mata" e "capoeira"; 9% como as diferentes fisionomias do Cerrado e 4% entre "várzea", "restinga", "mangue" e "vegetação não classificada". Cerca de 60% da área remanescente de "Mata Natural" localiza-se na região litorânea.

Ainda conforme o Inventário Florestal do Estado,no período de 1962 a 1971-73 houve um descréscimo de 39,45% da cobertura vegetal natural do Estado e de 1971-73 a 1990-92, o descréscimo foi de 29,20%. No total, de 1962 a 1990-92, a perda de vegetação foi de 57,13%, um índice alarmante. Essa perda pode ser visualizada nos mapas de Reconstituição da Cobertura Vegetal feitos por M. Victor em 1975.

Atualmente, um dos principais problemas enfrentados para a conservação dos remanescentes florestais do Estado é sua extrema fragmentação. No Cerrado, por exemplo, os remanescentes estão distribuídos em cerca de 8 353 fragmentos - veja Mapas de Remanescentes da Mata Atlântica (Workshop: Bases para Conservação e Uso Sustentável das Áreas de Cerrado do Estado de São Paulo, 1995).

A dificuldade de conservação da fauna paulista e o grande número de animais em perigo de extinção também refletem essa fragmentação do ambiente; cerca de 62 espécies paulistas aparecem na Lista de Animais Ameaçados de Extinção do Brasil.

Veja também:
· Instituto de Botânica - Governo do Estado de São Paulo
· Instituto Florestal - Governo do Estado de São Paulo
· Publicações do Programa Biota/Fapesp
· Banco de Dados: Unidades de Conservação sob administração da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo

Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
O Estado de São Paulo é dividido em 22 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRH). Essas UGRH foram criadas com o intuito de favorecer o planejamento e a utilização integrada dos recursos hídricos do Estado procurando a resolução de conflitos como o desequilíbrio entre demanda e disponibilidade de água e a manutenção de uma boa qualidade da água (Plano Estadual de Recursos Hídricos, 1991).

Segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos as UGRH têm como base a Bacia Hidrogáfica. Além disso, a divisão levou em consideração as características físicas (geomorfologia, geologia, hidrologia regional e hidrogeologia) e os aspectos políticos e sócio-econômicos (compatibilização coma divisão regional existente, número de municípios, áreas de cada unidade, distâncias rodoviárias, aspectos demográficos e sócio-econômicos) das regiõesi (Plano Estadual de Recursos Hídricos, 1991).

Veja também:
· Legislação Estadual de Recursos Hídricos - Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo
· Dados sobre os municípios do Estado de São Paulo
· Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo
· Rede de Monitoramento de Rios e Reservatórios - CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental)

Unidades de Gerenciamento Costeiro
O Estado de São Paulo ode ser divido em três sub-unidades costeiras de, aproximadamente, 700 Km de extensão: Litoral Norte, Baixada Santista e Litoral Sul (Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, 1990). Os limites - terrestres e marítimos - dessas unidades são estabelecidos em função tanto de características naturais (configuração topográfica, zona de influência do mar e zona de influência das ondas) como de características sócio ecônomicas (nível de atividade sócio econômica e sua área de influência).

O objetivo dessa divisão é, segundo o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, possibilitar um gerenciamento ativo do litoral, garantindo sua utilização, conservação, proteção, preservação e a recuperação de Recursos Naturais e Ecossistemas Costeiros além do dimensionamento das potencialidades e vulnerabilidades da Zona Costeira e o controle da poluição e degradação ambiental.

Informações Consultadas
· Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo - DAEE
· Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SEADE
· Governo do Estado de São Paulo; Secretaria do Meio Ambiente; Coordenadoria de Informações Técnicas, Documentação e Pesquisa Ambiental; Instituto Florestal. Inventário Florestal do Estado de São Paulo. Dezembro, 1993.
· Governo do Estado de São Paulo. Plano Estadual de Recursos Hídricos.Fevereiro 1991.
· Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE
· IPT, 1981, Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia. Vols. 1 e 2.
· Kronka, Francisco J. N. Áreas de Domínio do cerrado no Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 1998.
· Ministério do Meio Ambiente. Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (Resolução no 01/MM, de 21/11/90).
· Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo
· Governo do Estado de São Paulo
· Secretaria Estadual do Meio Ambiente

Moda Da Década de 1950

Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947. Metros e metros de tecido eram gastos para confeccionar um vestido, bem amplo e na altura dos tornozelos. A cintura era bem marcada e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos, como peles e jóias.Essa silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período. Apesar de tudo indicar que a moda seguiria o caminho da simplicidade e praticidade, acompanhando todas as mudanças provocadas pela guerra, nunca uma tendência foi tão rapidamente aceita pelas mulheres como o "New Look" Dior, o que indica que a mulher ansiava pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação.E foi o mesmo Christian Dior quem liderou, até a sua morte em 1957, a agitação de novas tendências que foram surgindo quase a cada estação.Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. O clima era de sofisticação e era tempo de cuidar da aparência. A maquiagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de lançamentos de produtos para os olhos, um verdadeiro arsenal composto por sombras, rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, além do indispensável delineador. A maquiagem realçava a intensidade dos lábios e a palidez da pele, que devia ser perfeita.Grandes empresas, como a Revlon, Helena Rubinstein, Elizabeth Arden e Estée Lauder, gastavam muito em publicidade, era a explosão dos cosméticos. Na Europa, surgiram a Biotherm, em 1952 e a Clarins, em 1954, lançando produtos feitos a base de plantas, que se tornaria uma tendência a partir daí.Era também o auge das tintas para cabelos, que passaram a fazer parte da vida de dois milhões de mulheres - antes eram 500 -, e das loções alisadoras e fixadoras.Os penteados podiam ser coques ou rabos-de-cavalo, como os de Brigitte Bardot. Os cabelos também ficaram um pouco mais curtos, com mechas caindo no rosto e as franjas davam um ar de menina. Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50, o das ingênuas chiques, encarnado por Grace Kelly e Audrey Hepburn, que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade e o estilo sensual e fatal, como o das atrizes Rita Hayworth e Ava Gardner, como também o das pin-ups americanas, loiras e com seios fartos.Entretanto, os dois grandes símbolos de beleza da década de 50 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, que eram uma mistura dos dois estilos, a devastadora combinação de ingenuidade e sensualidade.As pioneiras das atuais top models surgiram através das lentes dos fotógrafos de moda, entre eles, Richard Avedon, Irving Penn e Willian Klein, que fotografavam para as maisons e para as revistas de moda, como a Elle e a Vogue.Durante os anos 50, a alta-costura viveu o seu apogeu. Nomes importantes da criação de moda, como o espanhol Cristobal Balenciaga - considerado o grande mestre da alta-costura -, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina Ricci e o próprio Christian Dior, transformaram essa época na mais glamourosa e sofisticada de todas.A partir de 1950, uma forma de difusão da alta-costura parisiense tornou-se possível com a criação de um grupo chamado "Costureiros Associados", do qual faziam parte famosas maisons, como a de Jacques Fath, Jeanne Paquin, Robert Piguet e Jean Dessès. Esse grupo havia se unido a sete profissionais da moda de confecção para editar, cada um, sete modelos a cada estação, para que fossem distribuídos para algumas lojas selecionadas. Assim, em 1955, a grife "Jean Dessès-Diffusion" começou a fabricar tecidos em série para determinadas lojas da França e da África do Norte.O grande destaque na criação de sapatos foi o francês Roger Vivier. Ele criou o salto-agulha, em 1954 e, em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do bico chato e quadrado, entre muitos outros. Vivier trabalhou com Dior e criou vários modelos para os desfiles dos grandes estilistas da época.Em 1954, Chanel reabriu sua maison em Paris, que esteve fechada durante a guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças que se tornariam inconfundíveis, como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa a tiracolo em matelassê e o escarpin bege com ponta escura.Ao lado do sucesso da alta-costura parisiense, os Estados Unidos estavam avançando na direção do ready-to-wear e da confecção. A indústria norte-americana desse setor estava cada vez mais forte, com as técnicas de produção em massa cada vez mais bem desenvolvidas e especializadas.Na Inglaterra, empresas como Jaeger, Susan Small e Dereta produziam roupas prêt-à-porter sofisticadas. Na Itália, Emilio Pucci produzia peças separadas em cores fortes e estampadas que faziam sucesso tanto na Europa como nos EUA.Na França, Jacques Fath foi um dos primeiros a se voltar ao prêt-à-porter, ainda em 1948, mas era inevitável que os outros estilistas começassem a acompanhar essa nova tendência a medida que a alta-costura começava a perder terreno, já no final dos anos 50.Nessa época, pela primeira vez, as pessoas comuns puderam ter acesso às criações da moda sintonizada com as tendências do momento.Em 1955, as revistas Elle e Vogue dedicaram várias páginas de sua publicação às coleções de prêt-à-porter, o que sinalizava que algo estava se transformando no mundo da moda.Uma preocupação dos estilistas era a diversificação dos produtos, através do sistema de licenças, que estava revolucionando a estratégia econômica das marcas. Assim, alguns itens se tornaram símbolos do que havia de mais chique, como o lenço de seda Hermès, que Audrey Hepburn usava, o perfume Chanel Nº 5, preferido de Marilyn Monroe e o batom Coronation Pink, lançado por Helena Rubinstein para a coroação da rainha da Inglaterra.Dentro do grande número de perfumes lançados nos anos 50, muitos constituem ainda hoje os principais produtos em que se apóiam algumas maisons, cuja sobrevivência muitas vezes é assegurada por eles.A Guerra Fria, travada entre os Estados Unidos e a então União Soviética ficou marcada, durante os anos 50, pelo início da corrida espacial, uma verdadeira competição entre os dois países pela liderança na exploração do espaço.A ficção científica e todos os temas espaciais passaram a ser associados a modernidade e foram muito usados. Até os carros americanos ganharam um visual inspirado em foguetes. Eles eram grandes, baixos e compridos, além de luxuosos e confortáveis.Os Estados Unidos estavam vivendo um momento de prosperidade e confiança, já que haviam se transformado em fiadores econômicos e políticos do mundo ocidental após a vitória dos aliados na guerra. Isso fez surgir, durante esse período, uma juventude abastada e consumista, que vivia com o conforto que a modernidade lhes oferecia.Melhores condições de habitação, desenvolvimento das comunicações, a busca pelo novo, pelo conforto e consumo são algumas das características dessa época.A televisão se popularizou e permitia que as pessoas assistissem aos acontecimentos que cercavam os ricos e famosos, que viviam de luxo, prazer e elegância, como o casamento da atriz Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco.A tradição e os valores conservadores estavam de volta. As pessoas casavam cedo e tinham filhos. Nesse contexto, a mulher dos anos 50, além de bela e bem cuidada, devia ser boa dona-de-casa, esposa e mãe. Vários aparelhos eletrodomésticos foram criados para ajudá-la nessa tarefa difícil, como o aspirador de pó e a máquina de lavar roupas.Em contraposição ao estilo norte-americano de obsolescência planejada, ao criarem produtos pouco duráveis, na Europa ressurgiu, especialmente na Alemanha, o estilo modernista da Bauhaus, com o objetivo de fabricar bens duráveis, com um design voltado a funcionalidade e ao futuro, refletindo a vida moderna. Vários equipamentos, como rádios, televisores e máquinas, foram criados seguindo a fórmula de linhas simples, durabilidade e equilíbrio.Ao som do rock and roll, a nova música que surgia nos 50, a juventude norte-americana buscava sua própria moda. Assim, apareceu a moda colegial, que teve origem no sportswear. As moças agora usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.O cinema lançou a moda do garoto rebelde, simbolizada por James Dean, no filme "Juventude Transviada" (1955), que usava blusão de couro e jeans. Marlon Brando também sugeria um visual displicente no filme "Um Bonde Chamado Desejo" (1951), transformando a camiseta branca em um símbolo da juventude.Já na Inglaterra, alguns londrinos voltaram a usar o estilo eduardiano, mas com um componente mais agressivo, com longos jaquetões de veludo, coloridos e vistosos, além de um topete enrolado. Eram os "teddy-boys".Ao final dos anos 50, a confecção se apresentava como a grande oportunidade de democratização da moda, que começou a fazer parte da vida cotidiana. Nesse cenário, começava a ser formar um mercado com um grande potencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos anos 60.


Em 1965, na França, André Courrèges operou uma verdadeira revolução na moda, com sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de futuro, em suas "moon girls", de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Enquanto isso, Saint Laurent criou vestidos tubinho inspirados nos quadros neoplasticistas de Mondrian e o italiano Pucci virou mania com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, em meio às suas experimentações, usou alumínio como matéria-prima. Os tecidos apresentavam muita variedade, tanto nas estampas quanto nas fibras, com a popularização das sintéticas no mercado, além de todas as naturais, sempre muito usadas. As mudanças no vestuário também alcançaram a lingerie, com a generalização do uso da calcinha e da meia-calça, que dava conforto e segurança, tanto para usar a minissaia, quanto para dançar o twist e o rock.
O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Pela primeira vez, a mulher ousava se vestir com roupas tradicionalmente masculinas, como o smoking [lançado para mulheres por Yves Saint Laurent em 1966]. A alta-costura cada vez mais perdia terreno e, entre 1966 e 1967, o número de maisons inscritas na Câmara Sindical dos costureiros parisienses caiu de 39 para 17. Consciente dessa realidade, Saint Laurent saiu na frente e inaugurou uma nova estrutura com as butiques de prêt-à-porter de luxo, que se multiplicariam pelo mundo também através das franquias. Com isso, a confecção ganhava cada vez mais terreno e necessitava de criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passaria a ser o estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.